Rua Severo de Almeida, 954
83880-000 - Rio Negro/PR
www.simovem.ind.br
simovem@simovem.ind.br
(47)
3645-3520
(47) 3641-6407
No ambiente de trabalho, o uso inadequado de celulares está se tornando um problema para várias indústrias. De acordo com o Departamento de Assistência Sindical (DAS) da Fiep, há inclusive sindicatos que já buscam meios de coibir o mau uso desses aparelhos.
“Algumas entidades relatam problemas de redução na produtividade. Elas também temem que o seu uso indiscriminado cause acidentes de trabalho como consequência da falta de atenção provocada pelo telefone”, conta Juliana Raschke Dias Bacarin, integrante do DAS.
O Brasil conta com uma média de 1,3 celulares por habitante, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Nesse contexto, especialmente os jovens fazem uso constante dos smarthphones: aparelhos que oferecem recursos de computador e acesso à internet.
“Estar online é um hábito para esse público. Eles dispõem de aplicativos como Facebook, Whatsapp, Viber, Twitter e trocam mensagens por SMS. Essa é uma nova geração de trabalhadores e as empresas terão que achar um modo de lidar com isso”, observa Luciano Nadolny, psicólogo e consultor de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) do Sesi.
Perigos
Como no trânsito, o uso de celular pode gerar uma série de acidentes. Engenheiro de Segurança e consultor
do Sesi, Rodrigo Meister de Almeida destaca que a percepção dos riscos no trabalho é comprometida com
o uso de celulares no ambiente de produção. “Quando a mente do trabalhador se afasta da sua tarefa e ele
continua executando isso de forma mecânica, o risco aumenta. Não existe ação segura”, ressalta
Almeida.
Regulamentação
Ainda não existem leis que regulem o uso de celulares no trabalho, mas, segundo Juliana Bacarin, os sindicatos da indústria e laborais podem estudar o assunto e criar cláusulas restritivas nos contratos de trabalho quanto ao uso do aparelho em horário de expediente. “A própria empresa, por meio de seu regulamento interno, pode estabelecer regras para o uso do celular”, afirma ela.
Divulgar as regras para uso racional do aparelho já no treinamento admissional e manter uma comunicação constante sobre o assunto são também caminhos que podem ser adotados, indica Luciano Nadolny.
O importante é que os trabalhadores compreendam os motivos por trás das restrições. “Isso pode evitar insatisfações que prejudiquem o clima interno das indústrias”, aponta Juliana.
Para Rodrigo Almeida, em atividades de risco, a proibição do uso de celulares deve ser incluída nos
procedimentos de segurança. “Fora disso, é possível regular o uso do aparelho em horários
pré-determinados, em pequenas pausas de descanso do trabalho”, sugere.
Confira algumas dicas
de uso consciente do celular que a indústria pode recomendar aos trabalhadores:
- Conter a ansiedade e procurar responder chamadas e mensagens pessoais no fim do expediente. O uso excessivo do telefone afeta a imagem profissional.
- Deixar o celular no modo silencioso ou de vibração. Toques muito altos e chamativos podem incomodar os colegas.
- Ao atender uma ligação pessoal, evitar falar alto, expondo detalhes da vida privada. Se for estritamente necessário, procurar um lugar reservado para atender, mas retornar ao trabalho sem demora.
- Durante reuniões, desligar o celular.
- Não fotografar e nem filmar colegas, documentos ou instalações da empresa.
- Caso esteja lidando com um problema pessoal sério, comunicar o superior sobre a necessidade de atender o celular ao longo do expediente.