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O governador Beto Richa anunciou no último dia 14 de março o reajuste de 7,34% para o salário mínimo regional. O novo valor deve entrar em vigor a partir do dia 1º de maio. Já foi formulado o anteprojeto de lei que traz o índice, aprovado no Conselho Estadual do Trabalho após reuniões da comissão tripartite criada para discutir a política de valorização do piso.
Este anteprojeto de lei será enviado para a Assembleia Legislativa, que precisa aprovar o aumento. Somente depois a matéria será sancionada pelo governador e publicada em Diário Oficial. Com o reajuste, o piso ficará entre R$ 948,20 e R$ 1.095,60. Os valores são aplicados em quatro faixas salariais diferentes.
Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), o vice-presidente da Fiep, Hélio Bampi, comentou sobre os critérios de reajuste do novo piso regional e ressaltou o diálogo maduro e a responsabilidade de trabalhadores e empresários. “A comissão tripartite, formada por três representantes de cada bancada, proporcionou um amplo debate, muitas vezes acirrado, sobre importantes questões. Trabalhadores e empregadores apresentaram suas proposições, com a mediação do governo do estado, e ao final conseguimos convergir para uma proposta única. O diálogo propiciou ganhos para os trabalhadores e empresários, para o bem estar da sociedade paranaense”, comentou.
O governador também destacou a atuação da comissão e a decisão consensual. “Foi
uma decisão com entendimento. O governo intermediou as conversas entre a classe trabalhadora e a classe empresarial.
Mais uma vez, com espírito democrático e com diálogo, conseguimos avançar em números que
contentaram os dois lados”, afirmou.
Na opinião do vice-presidente da Fiep, Aurélio Sant’Anna, o reajuste está mais próximo da realidade, diferentemente do ocorrido em anos anteriores. “Tivemos um trabalho junto ao governo do estado e eles moderaram a questão do piso regional, que é estratégico, como o INPC, que era nosso indicador e que também está apresentando números moderados. A tendência foi de uma negociação um pouco mais dentro da realidade e não tanto inviabilizadora para a operação das indústrias como tem sido nos anos anteriores. Neste ano está em uma situação, não digo confortável, mas dentro da realidade”, avaliou.
Houve algumas reuniões temáticas realizadas por representantes de diversos setores com o governo do estado. No final do ano passado, uma comissão de empresários ligados ao setor madeireiro entregou uma pauta com sugestões à Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, apontando dificuldades e alternativas para uma boa relação de trabalho.
De acordo com dados do governo paranaense, houve um aumento no número de carteiras assinadas, sendo que de janeiro de 2011 a janeiro deste ano, foram criados no Estado 315.462 empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O interior ficou com cerca de 90% das novas vagas.
Para o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Claudio Romanelli, o acordo entre todas as partes envolvidas definiu os critérios para os reajustes do piso regional de 2014 e 2015. Para o ano que vem, o reajuste do piso salarial será igual à variação do INPC no acumulado de 12 meses encerrados em dezembro de 2014, agregada à taxa real de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2013, apurada pelo IBGE.
Com informações da Agência Estadual de Notícias