SIMOVEM

Sindicato das Indústrias de móveis, Marcenarias, Carpintarias, Artefatos de Madeiras, Serrarias, Madeiras Laminadas e de Painéis de Madeira Reconstituída de Rio Negro

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Simovem discute entraves do setor em Fóruns Setoriais

Sindicato participou das discussões do setor madeireiro e moveleiro na Fiep, em Curitiba


clique para ampliar A indústria moveleira no Paraná é uma das maiores do Brasil (Foto: Gilson Abreu/Fiep)

O Simovem participa ativamente de discussões em busca de soluções para os mercados em que seus associados atuam. Por isso, em junho, participou do Fórum Setorial da Indústria de Móveis, que aconteceu no dia 2, e também do Fórum Setorial da Indústria de Madeira, que aconteceu no dia 8, ambos no Cietep, em Curitiba. No segundo evento, o Simovem esteve representado pelo seu presidente, Moacir Romagna. Também estiveram presentes os representantes do Sindicato da Madeira de Irati, Ponta Grossa e União da Vitória, do Sindipal e do Sindimatel, além de empresários do setor e da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).

Nas discussões foram levantadas novas demandas a serem enfrentadas pela Fiep, pelo Governo e pelos empresários. Ao final do fórum foi realizada uma votação para elencar por nível de importância os problemas a serem resolvidos. Atualmente, os principais gargalos do setor são a alta taxa câmbio, a carga tributária, a falta de uma política industrial de longo prazo para o setor, problemas de infraestrutura e a legislação trabalhista. "O câmbio é o ponto principal, porque dependemos da exportação. Não adianta inovar enquanto essa situação não é resolvida", disse Romagna.

O Brasil possui 37% das florestas do mundo e exporta metade que o Chile, por exemplo, mesmo possuindo quase 15% a mais de florestas. "Precisamos de uma política industrial que contemple o setor. Temos que buscar alcançar a produtividade chilena para aproveitar todo o potencial do setor", observou o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Fórum Moveleiro - Já no Fórum Moveleiro, que também teve a presença de representantes do Simov e do Sima, além de empresários do setor e membros da Federação, foram destacadas como as principais limitações do setor a nova legislação ambiental, que inclui a gestão de resíduos e a logística reversa; a política cambial vigente; e a falta de mão de obra. Para Rocha Loures, "existe a competitividade que depende dos empresários e a competitividade que depende do Governo, como logística, carga tributária e crédito. O Governo pode ajudar ou dificultar este processo", observa.

Para enfrentar alguns destes gargalos, a Fiep prevê a abertura de 1,8 mil vagas para cursos técnicos na área de móveis este ano. Estas iniciativas abrangem projetos de capacitação em 14 indústrias de móveis no Estado, a realização de cursos de aperfeiçoamento profissional em diversas áreas e o Programa de Gestão Avançada (PGA), que visa capacitar os dirigentes das empresas. Além disso, para atrair os jovens para este mercado, a Federação levou para São José dos Pinhais e para Arapongas, dois importantes polos moveleiros do Paraná, um curso de aprendizagem industrial na área de móveis com duração de um ano e meio.

Já para as questões voltadas à sustentabilidade e à nova realidade trazida pela Lei de Resíduos Sólidos, a Fiep inaugurou, no dia 27 de junho, a Câmara Técnica de Resíduos Industriais, onde serão criados três grupo de trabalho permanentes voltados ao estudo de três temas centrais para a sustentabilidade: Centrais de Resíduos, Logística Reversa e Simbiose Industrial, que ocorre quando o resíduo de uma empresa pode ser utilizado como fonte geradora de energia em outra empresa. A Fiep pretende, ainda, construir brevemente uma Central de Resíduos, que realizará o tratamento dos resíduos de difícil destinação de várias cadeias produtivas.

Quando o assunto é política cambial, os empresários do setor têm grandes reclamações. O alto valor do Real frente a outras moedas dificulta a entrada dos produtos brasileiros no mercado externo. Para o secretário do Simovem, Juliano Langowski, além de o produto brasileiro ficar caro lá fora, a retração econômica nos Estados Unidos e na Europa dificultam ainda mais a venda de móveis nacionais no mercado externo.

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