Rua Severo de Almeida, 954
83880-000 - Rio Negro/PR
www.simovem.ind.br
simovem@simovem.ind.br
(47)
3645-3520
(47) 3641-6407
O Simovem participa ativamente de discussões em busca de soluções para os mercados em que seus
associados atuam. Por isso, em junho, participou do Fórum Setorial da Indústria de Móveis, que aconteceu
no dia 2, e também do Fórum Setorial da Indústria de Madeira, que aconteceu no dia 8, ambos no Cietep,
em Curitiba. No segundo evento, o Simovem esteve representado pelo seu presidente, Moacir Romagna. Também estiveram
presentes os representantes do Sindicato da Madeira de Irati, Ponta Grossa e União da Vitória, do Sindipal e
do Sindimatel, além de empresários do setor e da Associação Brasileira da Indústria de
Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).
Nas discussões foram levantadas novas demandas a serem enfrentadas
pela Fiep, pelo Governo e pelos empresários. Ao final do fórum foi realizada uma votação para
elencar por nível de importância os problemas a serem resolvidos. Atualmente, os principais gargalos do setor
são a alta taxa câmbio, a carga tributária, a falta de uma política industrial de longo prazo para
o setor, problemas de infraestrutura e a legislação trabalhista. "O câmbio é o ponto principal,
porque dependemos da exportação. Não adianta inovar enquanto essa situação não é
resolvida", disse Romagna.
O Brasil possui 37% das florestas do mundo e exporta metade que o Chile, por exemplo,
mesmo possuindo quase 15% a mais de florestas. "Precisamos de uma política industrial que contemple o setor. Temos
que buscar alcançar a produtividade chilena para aproveitar todo o potencial do setor", observou o presidente da Fiep,
Rodrigo da Rocha Loures.
Fórum Moveleiro - Já no Fórum Moveleiro, que também teve a presença
de representantes do Simov e do Sima, além de empresários do setor e membros da Federação, foram
destacadas como as principais limitações do setor a nova legislação ambiental, que inclui a gestão
de resíduos e a logística reversa; a política cambial vigente; e a falta de mão de obra. Para Rocha
Loures, "existe a competitividade que depende dos empresários e a competitividade que depende do Governo, como logística,
carga tributária e crédito. O Governo pode ajudar ou dificultar este processo", observa.
Para enfrentar
alguns destes gargalos, a Fiep prevê a abertura de 1,8 mil vagas para cursos técnicos na área de móveis
este ano. Estas iniciativas abrangem projetos de capacitação em 14 indústrias de móveis no Estado,
a realização de cursos de aperfeiçoamento profissional em diversas áreas e o Programa de Gestão
Avançada (PGA), que visa capacitar os dirigentes das empresas. Além disso, para atrair os jovens para este mercado,
a Federação levou para São José dos Pinhais e para Arapongas, dois importantes polos moveleiros
do Paraná, um curso de aprendizagem industrial na área de móveis com duração de um ano
e meio.
Já para as questões voltadas à sustentabilidade e à nova realidade trazida pela
Lei de Resíduos Sólidos, a Fiep inaugurou, no dia 27 de junho, a Câmara Técnica de Resíduos
Industriais, onde serão criados três grupo de trabalho permanentes voltados ao estudo de três temas centrais
para a sustentabilidade: Centrais de Resíduos, Logística Reversa e Simbiose Industrial, que ocorre quando o
resíduo de uma empresa pode ser utilizado como fonte geradora de energia em outra empresa. A Fiep pretende, ainda,
construir brevemente uma Central de Resíduos, que realizará o tratamento dos resíduos de difícil
destinação de várias cadeias produtivas.
Quando o assunto é política cambial, os
empresários do setor têm grandes reclamações. O alto valor do Real frente a outras moedas dificulta
a entrada dos produtos brasileiros no mercado externo. Para o secretário do Simovem, Juliano Langowski, além
de o produto brasileiro ficar caro lá fora, a retração econômica nos Estados Unidos e na Europa
dificultam ainda mais a venda de móveis nacionais no mercado externo.