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Uma comitiva da Fiep formada por nove empresários da Construção Civil e do setor Madeireiro viajou para Pelotas (RS) para conhecer o primeiro empreendimento habitacional do programa “Minha Casa, Minha Vida”, construído a partir da inovadora tecnologia Wood Frame. A tecnologia foi trazida ao Brasil pelo Senai do Paraná, após uma missão técnico-empresarial à Alemanha.
Em fase de conclusão das obras, o Condomínio Residencial Haragano será o maior condomínio horizontal entregue pelo programa do governo federal. Ele é composto por 10 casas térreas com acessibilidade para portadores de necessidades especiais e 270 sobrados, com 44 m² – com sala, cozinha, banheiro e dois dormitórios. O projeto é fruto de uma parceria da Tecverde e da Redeiverde de Curitiba – detentoras e repassadoras desta nova tecnologia – com a Construtora Roberto Ferreira, de Pelotas. O residencial terá também dois salões de festas, quiosques, áreas com churrasqueiras e playgrounds, além de guaritas com segurança.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), Euclésio Finatti, lembrou que além de ser majoritariamente industrial – o que acelera a entrega de uma obra em até 25% se comparada à alvenaria convencional – a construção com Wood Frame é mais limpa, tem um melhor controle dos estoques de materiais e é de fácil manutenção. “Com o Wood Frame, a construção civil alia inovação e tecnologia, dois componentes fundamentais para quem quer se manter no mercado nos próximos anos. Esse condomínio representa um novo caminho para o setor”, ressalta Finatti.
Representantes do setor da Madeira também ficaram otimistas com o avanço das obras em Pelotas. O coordenador do Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep, Paulo Pupo, acredita que o Paraná será o principal celeiro de madeira certificada para as construções que utilizem Wood Frame pela proximidade dos principais polos de construção civil do país e por sua ampla cobertura florestal. “Com a normalização da tecnologia de Wood Frame, a adaptação de nossa indústria e a popularização do uso da madeira na construção civil, teremos um grande mercado interno para a produção paranaense”, avalia Pupo.
O organizador da visita, secretário executivo dos conselhos temáticos e setoriais da Fiep, Eduardo Augusto Knechtel, explicou que a tecnologia de Wood Frame está na etapa final de homologação como processo construtivo pelo Ministério das Cidades. Com a conclusão do processo, o método poderá ser utilizado em larga escala pelo programa Minha Casa Minha Vida. “Com a aprovação do Wood Frame como sistema construtivo, a tecnologia poderá ser adotada em outras obras que tenham financiamento oficial. Isso representa uma nova frente que se abre para estes dois setores muito fortes no Paraná – da construção civil e da madeira”, acredita Knechtel.