Rua Dr. Munhoz da Rocha, 376 - 3º andar
(42) 3422-1780
84.500-970 - Irati/PR
maria.carvalho@fiepr.org.br
Os industriais paranaenses devem ficar atentos sobre a importância de estarem preparados para enfrentar a coação pelos sindicatos laborais, principalmente nos momentos das negociações das convenções coletivas de trabalho em face da possibilidade de serem coagidos a firmar acordos coletivos de trabalho com valores além das suas capacidades econômicas.
O acordo individual é firmado exclusivamente entre uma indústria e um ou alguns sindicatos laborais e possui regras restritas àquela determinada indústria, sendo muito diferente da Convenção Coletiva de Trabalho, tendo em vista que esta é firmada entre entidades patronais e laborais e estabelece preceitos para toda a coletividade. “Muitas vezes, quando o sindicato laboral está negociando a Convenção Coletiva de Trabalho, ele também pressiona as indústrias para fecharem os acordos coletivos. O empresário, às vezes por falta de conhecimento ou até de contato com o sindicato patronal, acaba negociando mal este acordo, fato que reflete diretamente no fechamento da convenção coletiva e prejudica toda a categoria”, explica Priscilla Caetano, coordenadora do Departamento de Assistência Sindical da Fiep.
Para evitar esta situação e dar suporte ao setor industrial, a Gerência da Central de Relações com os Sindicatos e Coordenadorias Regionais da Fiep promove o projeto Grupo de Apoio Sindical (GAS), que é realizado em parceria com os sindicatos. Todo o trabalho é feito via sindicato, que auxilia na sensibilização do industrial e na prevenção do efeito danoso que uma negociação mal conduzida pode gerar para todo o segmento.
Para atingir seu objetivo, o GAS realiza uma capacitação específica. De acordo com Michelle Martiniski, assistente administrativa do Departamento de Assistência Sindical da Fiep, o treinamento precisa ser realizado tanto com os próprios industriais (proprietários ou diretores da empresa) quanto com gestores (gerentes), especialmente das áreas de Recursos Humanos ou financeiro. “É obrigatória a presença do industrial na primeira etapa para a participação no projeto”, destaca. A carga horária é de quatro horas para os industriais (fora do expediente comercial) e de 16 horas para os gestores (em dois módulos com oito horas, cada).
Os conteúdos administrados são: importância do plano de contingência para a indústria; análise das tendências das centrais sindicais e sindicatos dos trabalhadores; avaliação sobre o que as indústrias têm feito sobre relações trabalhistas e sindicais; exposição da estrutura sindical brasileira; modalidades de negociação trabalhista e seus efeitos; implantação de um planejamento das relações trabalhistas e sindicais; revisão do modelo de comunicação interna da indústria; relacionamento com o poder público; e sensibilização sobre a importância do gestor nas relações trabalhistas.
A capacitação é ministrada por Roberto Sotomaior Karam, empresário, ex-presidente do Sindimetal e ex-vice-presidente da Fiep; e Marino Roberto Rodilha, consultor para empresas em RH e Relações Trabalhistas, diretor de relações trabalhistas na ABRH-PR e ex-executivo de RH em grandes empresas multinacionais e nacionais.
Procure o sindicato para mais informações.