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Diversos produtores e industriais do setor da madeira se reuniram em Telêmaco Borba para discutir a atual situação do setor e também debater o tema com a Cooperativa Florestal dos Campos Gerais (Toras Eucaliptus e Pinus), cujo presidente, Marcos Speltz, também compareceu e apresentou alguns trabalhos realizados pela cooperativa.
O encontro, segundo o secretário-executivo do Sindimatel, Zaudir Dallagnol, foi positivo para dar tranquilidade à cadeia produtiva. “Foi um debate interessante por todos os envolvidos ouvirem cada um dos lados, tanto produtores como madeireiros”, comentou.
Na avaliação de Dallagnol, havia um receio de ambas as partes sobre como tem sido desenvolvido esse processo. “Havia uma preocupação, pois se os madeireiros não tivessem mais interesse poderia ocorrer uma parada no plantio ou até mesmo a necessidade de mudanças na produção, mas isso foi esclarecido. Além disso, também foram debatidos novos formatos de manejo”, avaliou.
Segundo dados do Sindimatel, há uma demanda de 60 mil toneladas cúbicas de madeira, mas atualmente a capacidade de produção está em 20 mil toneladas. “Temos uma previsão de atingir essa demanda em três ou quatro anos, o que não tem acontecido atualmente, mas nos dá uma expectativa muito positiva”, disse.
Segundo Dallagnol, o produtor também precisa se adequar às novas demandas. “O produtor não precisa ficar preocupado, pois ainda há uma continuidade do fornecimento da madeira. Além disso, ele pode optar por negociar uma madeira mais nova, com preço reduzido, mas também por outra madura, maciça, que tem um valor de mercado muito melhor”, comentou.
No geral, as madeiras mais novas chegam a ser comercializadas por R$ 60 a tonelada contra R$ 160 das madeiras com cerca de 20 anos. “O produtor pode ter uma boa rentabilidade, principalmente se fizer um mix em seu plantio, garantindo fornecimento e ao mesmo dando melhor qualidade em sua madeira”, finalizou.