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A indústria brasileira de compensado irá unir esforços para buscar alternativas para um melhor desempenho comercial do produto nos mercados externo e interno. A partir de um encontro nacional que será realizado no dia 29 de maio, em Curitiba, o objetivo é entender os atuais custos de produção que impactam no preço de venda e avaliar os cenários com base em dados socioeconômicos do segmento, que serão apresentados pela Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente (Abimci). A reunião é aberta a todo mercado, mesmo empresas não associadas.
De acordo com o presidente da Abimci, José Carlos Januário, o momento para a realização deste encontro é bastante oportuno, pois o setor precisa se organizar para melhorar seu posicionamento no mercado internacional e ganhar competitividade no mercado interno. “O mercado tem se comportado bem, mas com a chegada do verão europeu poderá haver uma retração das exportações”, pondera Januário.
Os números refletem essa preocupação. Apesar da evolução nas vendas de compensado de pinus para o exterior de janeiro a abril, que cresceram 37%, no último mês, países como Alemanha, Reino Unido e Bélgica tiveram uma ligeira queda na compra do produto brasileiro. Em contrapartida, a Itália registrou um crescimento de 66% na importação do compensado do Brasil.
A Associação também pretende debater as atuais taxas impostas a esses produtos e as possibilidades de desonerações, já que uma das frentes de atuação da entidade diz respeito a esse aspecto com medidas que incluem protocolos na esfera federal para tratar da eliminação do IPI do compensado, inclusão do setor no Plano Brasil Maior para desoneração da folha de pagamento, inclusões de produtos de madeira na Cesta Básica da Construção Civil, Re-designação no Sistema Geral de Preferências (SGP) norte-americano e manutenção da quota europeia anual para compensados de pinus.
Padronização
Outra preocupação do segmento é melhorar a qualidade dos produtos, em especial do compensado plastificado. Dessa maneira, durante o encontro também será debatida a padronização do produto entendendo o que o comprador deseja e quais exigências devem ser atendidas a partir da nova norma de desempenho da construção civil já em vigor. Segundo o superintendente da Abimci, Paulo Roberto Pupo, a Associação irá propor a criação de um guia técnico específico do compensado plastificado que servirá como balizador para o setor da construção civil.