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Representantes do governo estadual, empresários e o setor laboral, que compõem a comissão tripartite
criada para debater o reajuste do salário mínimo regional, reuniram-se no último dia 18 de fevereiro
para mais uma rodada de negociações sobre os valores a serem aplicados a partir do dia 1º de maio.
O secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, encaminhou ao Conselho Estadual do Trabalho três
propostas de reajuste do mínimo. Ele destacou a importância do grupo criar uma proposta consensual sobre o reajuste.
“As propostas podem ser discutidas, melhoradas, pode ser uma política de reajuste bienal ou somente para este
ano, mas o importante é que saia uma proposta consensual”.
O vice-presidente da Fiep, Carlos Walter
Martins Pedro, destacou fatores que podem influenciar negativamente o setor agropecuário caso o reajuste do mínimo
extrapole o que o setor produtivo possa oferecer de aumento. “Impactos como a indução ao aumento da mecanização
no campo, perda da competitividade do agricultor paranaense e redução de empregos na agropecuária são
alguns dos efeitos que o reajuste do mínimo, se não for bem pensado, pode causar”.
As três
propostas de aumento encaminhadas pela Secretaria do Trabalho ao Conselho Estadual do Trabalho preveem índices de 9,56%,
9,19% e 8,97%, todos superiores ao reajuste de 6,78% que elevou o mínimo nacional a R$ 724 neste ano. No ano passado,
o aumento do piso paranaense foi de 12,7%, contra 9% do nacional.
Na última semana, os técnicos dos
setores envolvidos se reuniram para discutir os índices para o reajuste que se aproxima. As propostas apresentadas
baseadas em estudos da Secretaria do Trabalho, Dieese e Ipardes foram:
Opção 1 - Reajuste de 9,56%,
equivalente à média das variações reais do PIB brasileiro nos últimos três anos mais
a variação anual do INPC.
Opção 2 - Aumento de 9,19%, referente ao índice de
atividade econômica regional do Paraná (IBCR-PR), calculado pelo Banco Central, mais a variação
anual do INPC.
Opção 3 - Reajuste de 8,97%, equivalente à variação nominal (em
12 meses) do salário médio de admissão de grandes grupos ocupacionais abrangidos pela política
do salário mínimo regional, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
FAIXAS
SALARIAIS - São quatro faixas utilizadas para definir o piso de cada grupo ocupacional. Para o primeiro grupo,
formado por trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca, o salário em vigor
é de R$ 882,59. Para o segundo grupo, composto por trabalhadores de serviços administrativos, domésticos
e gerais, vendedores e trabalhadores de reparação e manutenção, o mínimo regional é
de R$ 914,82.
Para profissionais da produção de bens e serviços industriais, que compõem
o terceiro grupo, o salário atual é de R$ 949,53. O quarto grupo, composto por técnicos de nível
médio, tem piso de R$ 1.018,94.